domingo, 27 de março de 2011

Luto

“Vô, aqui é o seu passarinho... A Narllinha.”
Depois de dizer isso, cantei para ele e me despedi.

Uma vida coroada pela oferta de si, um matrimônio lindo, um exemplo de fidelidade a Deus, aos momentos, à santidade, à eternidade. Meu avô era homem de acordar às 5h da manhã para rezar o terço com a minha avó, quando ela era viva. Homem de muita fé, homem que vivia o silêncio de José.
Ele e minha avó foram cúmplices, amantes, pais, avós... Junto com os meus pais, foram meus educadores na fé e me ensinaram as coisas mais belas que tenho em mim hoje. Minha avó me ensinou que tudo passa, independente da minha pressa e meu desejo de perfeição, quem estava no comando era Deus.
E do meu avô, a grande lição que eu levo é a paciência e o silêncio puro e casto de quem sabe onde colocou a esperança.

Nos olhos do passarinho, muitas lágrimas. No canto, um grande louvor.

Louvor, louvor, louvor...

Bendito seja o Senhor da Vida, o Autor da Vida!
Obrigada, meu Deus, por ser parte de alguém que está Contigo agora.
Muito obrigada!


segunda-feira, 21 de março de 2011

Amarela

No meio do caminho tinha uma flor amarela. Tinha uma flor amarela no meio do caminho.

...E sobre uma Rocha germinou uma bela flor.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Hoje é o Dia da Poesia!

Um pequeno lembrete, desses que a gente cola na geladeira quando quer chamar a atenção de quem ama... Ou gruda na cabeceira da cama...
É, é só um lembrete.

A vida não é uma poesia, mas pode ser mais graciosa se temos tempo de enxergar todos os poemas que Deus nos comunica a partir dos pequenos detalhes.

Para enriquecer o "lembrete", que está virando carta, um texto de Vínícius... Afinal, hoje é segunda-feira e todo mundo merece um agrado como esse.

Deus abençoe vocês!



O Verbo no Infinito

de Vinícius de Moraes

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito…

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ps: Feliz Aniversário, Eliete. Você é um tesouro!
ps2: Sobre a foto, tenho um carinho especial por ela... Recebi flores virtuais do Camilo quando ele morou na Inglaterra. <3